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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Gametogênese

          É o processo através do qual ocorre a formação das células reprodutivas ou gametas. A gametogênese compreende a espermatogênese e a ovulogênese.

Espermatogênese
É o processo de produção dos espermatozóides, que ocorre nos tubos seminíferos, a partir de células germinativas chamadas espermatogônias, que estão situadas nas paredes dos túbulos seminíferos.

          Para melhor compreensão, divide-se a espermatogênese em quatro fases ou períodos: germinativo, de crescimento, de maturação e de diferenciação ou espermiogênese.

Período germinativo: nesse período as espermatogônias (2n) dividem-se por mitose.



Período de crescimento: nesse período as espermatogônias (2n) param de se dividir, ocorrendo o seu crescimento. Após o crescimento, cada espermatogônia se transforma em espermatócito I ou primário (2n).



Período de maturação: nesse período cada espermatócito I sofre meiose. Após a 1ª divisão da meiose, cada espermatócito I produz dois espermatócitos II ou secundários (n). Os espermatócitos II, pela 2ª divisão da meiose, originam quatro novas células, as espermátides (n).



Espermiogênese: as espermátides, sem sofrer divisões, e por diferenciação celular, se transformam em espermatozoides. Os espermatozoides caem na luz dos tubos seminíferos, através dos quais chegam até o epidídimo, onde serão armazenados para posterior eliminação.



 
A produção de espermatozoides começa em torno dos doze anos de idade, e continua por toda a vida, diminuindo com a idade.

Ovulogênese
É o processo de formação dos gametas femininos, que se realiza nos ovários. A ovulogênese pode ser dividida em três períodos ou fases: de multiplicação, de crescimento e de maturação.


Período de multiplicação: esse período ocorre durante a vida embrionária, terminando em torno do 6º mês de vida fetal. O período de multiplicação inicia a partir de células germinativas primordiais (2n), que se dividem por mitose, originando as ovogônias (2n). Essas ovogônias se multiplicam por mitose, originando novas ovogônias. Algumas começam  aumentar de tamanho.





Período de crescimento: nesse período as ovogônias (2n), aumentando de tamanho, se transformam em ovócitos I (2n) ou primários. Esse período é relativamente longo, durando até o final da vida intrauterina ou logo após o nascimento.

               Ao nascer, uma menina já possui todos os ovócitos I formados em seus ovários. Todavia, a maioria deles degenera ao longo da vida da mulher.



Período de maturação: ocorre na puberdade da mulher, em torno dos doze anos. O ovócito I (2n) sofre a 1ª divisão da meiose, originando duas células de tamanhos diferentes: a maior denomina-se ovócito II (n) e a menor 1º glóbulo polar (n). O ovócito II inicia a 2ª divisão da meiose. Na espécie humana e em certas espécies animais, a 2ª divisão da meiose, que dará origem ao óvulo, para na metáfase II, só se completando após a fecundação. Na formação do ovócito II surge o 2º glóbulo polar. 



 
Segundo Bailey1, em algumas espécies inferiores, o primeiro glóbulo polar também pode se dividir, de modo que, ao final, se formam três glóbulos polares, todos sofrendo degeneração posterior.

 1 BAILEY, Frederick R.; COPENHAVER, Wilfred M. at alli. Bailey’s Text Book of Histology.Baltimore:The Williams & Wilkins Co.1978

OVULAÇÃO-CICLO MENSTRUAL-FECUNDAÇÃO



OVULAÇÃO
          A ovulação é resultante da combinação de vários fatores, entre eles o estreitamento da parede do folículo de Graaf, perda de vascularização, aumento do líquido folicular ou a presença de prostaglandinas (hormônios que provocam a contração do ovário); é o momento da expulsão do ovócito II pelo ovário. 
            O ovócito II se encontra protegido pela coroa radiada e pela zona pelúcida, camadas formadas por diferenciação de células foliculares.

           A ovulação tem início 24h após o ponto máximo de secreção do hormônio luteinizante (produzido pela hipófise), finalizando com a formação do corpo lúteo.

         Posteriormente, o corpo lúteo se vasculariza, se desenvolve e inicia a produção de progesterona, preparando o útero para receber o zigoto. Não ocorrendo fecundação o corpo lúteo degenera.


CICLO MENSTRUAL
        O ciclo menstrual consiste de uma série de modificações morfofisiológicas no endométrio, como consequência da interação entre hipófise, ovário e útero, e se divide em três fases: proliferativa ou folicular, secretora ou lútea e menstrual.

Fase proliferativa: caracteriza-se pelo crescimento do endométrio (membrana que reveste internamente o útero), estimulado pelo hormônio folículo estimulante (FSH) e pela transformação do ovócito I (2n) em ovócito II (n), que será lançado na tuba uterina (trompa de Falópio).



Fase secretora: nessa fase ocorre a formação do corpo lúteo, glândula que secretará a progesterona, preparando o útero em caso de fecundação. Também ocorre um aumento de secreção vaginal, mais espessamento e vascularização do endométrio.



Fase menstrual: caso não ocorra fecundação até catorze dias após a ovulação o corpo lúteo degenera, transformando-se no corpo branco e deixando de produzir hormônios. A diminuição na taxa de progesterona provoca o descolamento de parte do endométrio, que será eliminado.





FECUNDAÇÃO
        A fecundação é a fusão do núcleo do espermatozoide (pró-núcleo masculino) com o núcleo do óvulo (pró-núcleo feminino).
    Ovários, tubas uterinas, útero e vagina são os órgãos do sistema genital feminino mais importantes para a fecundação e desenvolvimento do embrião.
     Os espermatozoides lançados na vagina se deslocam, com o auxílio dos flagelos e das contrações do colo uterino, até o terço superior da tuba uterina, onde se encontra o ovócito II. No encontro do espermatozoide com o ovócito II ocorre a liberação, por parte do espermatozoide, da hialuronidase, fosfatase ácida e acrossinase, que separam as células da coroa radiada e dissolvem a zona pelúcida. Dessa maneira é permitida a penetração do espermatozoide no ovócito II, que finaliza a meiose II, transformando-se em óvulo.
       Logo após a penetração o espermatozoide se fusiona à membrana do óvulo, fazendo com que sejam liberadas enzimas presentes nos grânulos corticóides do óvulo, o que provoca a formação da camada de fecundação, impedindo a penetração de outro espermatozoide. Com a degeneração da membrana espermática ocorre a liberação do núcleo (pró-núcleo masculino), das mitocôndrias e centríolo. Em seguida forma-se o fuso acromático e o pró-núcleo masculino se fusiona ao pró-núcleo feminino, isto é, ocorre a cariogamia, originando a primeira célula de um novo ser (ovo ou zigoto). A partir desse momento iniciam as primeiras divisões mitóticas que darão origem ao embrião. 





 Bibliografia

AMABIS, J. Mariano & MARTHO, G. Rodrigues. Biologia I: Biologia das Células. 3ª ed. São Paulo: Editora Moderna. 2010. 368p.
BAILEY, F. R., COPENHAVER, W. M. at all. Bailey’s Text Book of Histology.Baltimore:The Williams & Wilkins Co.1978. 612p.

JUNQUEIRA,  L. C. & CARNEIRO, J. Noções Básicas de Histologia e Embriologia. 6ªed. São Paulo:Livraria Nobel. 1975.152p.

LINHARES, S., GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. 1ªed. São Paulo: Editora Ática. 2011.362p.

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